Hoje dei por mim a pensar na sorte que tive em ter os meus sogros como pais do meu marido. Nós escolhemos os nossos mais-que-tudo, é com ele que casamos, mas os seus pais vêm incluídos no pack e, esses, não podemos escolher. Podemos apenas fazer de tudo para mantermos, pelo menos, uma relação saudável com eles. Quer queiramos, quer não, temos de conviver com eles ao longo da nossa vida.
À palavra "sogra" está (ou estava) associada aquela conotação negativa, como se de bruxa má se tratasse, aquela que faria de tudo para que não roubassem o seu filho de si. Eu, pessoalmente, penso que os tempos estão a mudar e que, cada vez mais, se vê sogras a serem como segundas mães para as noras / os genros.
Eu conheci a minha sogra num jantar convívio. Fomos apresentadas pelo noivo, cumprimentamo-nos cordialmente com dois beijos, mas não trocamos uma palavra. Nenhuma de nós se sentia à vontade. No restaurante, sentei-me de frente para ela, mas ligeiramente ao lado. Embora não olhasse diretamente para ela, reparei que ela me mediu de cima abaixo durante todo o jantar. Senti-me tão incomodada, que inventei umas idas ao WC para descomprimir. Acho que não fez por mal. Apenas queria saber quem era a moça que morava longe e que o filho tantas vezes ia visitar.
A nossa relação hoje, passados dois anos, não poderia ser melhor. Ela nunca se entrometeu na nossa relação, nunca opinou nos preparativos do casamento, nunca pôs o filho contra mim. Estamos à vontade uma com a outra, consigo brincar com ela e tudo. Ainda não posso dizer que é como uma segunda mãe, mas se tudo continuar assim, sinto que um dia o poderei fazer.
Quanto à minha mãe, adora o Pedro desde que o conheceu, ainda como meu amigo, há muitos anos atrás. Hoje, ele é como um filho para ela. Às vezes, chega a "dar-me na cabeça" a mim, por pensar que eu sou dura demais com ele. Dá para acreditar?!
E vocês? Como é a vossa relação com a vossa sogra? Como foi na primeira vez que se conheceram? Como é agora? Partilhem as vossas histórias.