Bom dia, princesas! Sim, infelizmente o COVID veio mudar as nossas vidas de forma prolongada, mas não definitiva. Todos os dias cumprimos restrições e aceitamos adaptações deste “novo normal”, para que possamos vir a celebrar os casamentos de 2021. Mal podemos esperar para que os casamentos voltem a acontecer e temos a certeza que não deixarão de ser casamentos imensamente felizes (apesar de algumas ressalvas)!
Tenho vindo a entrevistar noivas que casaram em época COVID para divulgar as adaptações possíveis que nem nada comprometem o vosso dia único! Leiam, tirem ideias e coloquem todas as vossas dúvidas às nossas casadas preferidas.
Hoje temos o privilégio de contar a história do casamento da nossa querida Destacada Telma que se casou pelo civil no passado dia 13 de Agosto.
1. Fala-nos um pouco de ti: quem és e de onde vens?
Sou a Telma, tenho 26 anos e venho de Oliveira de Azeméis.
2. Como imaginavas o teu dia C antes de o organizar? Sempre sonhaste com o teu casamento?
Sinceramente, não foi algo que com “sonhei desde sempre”, nem pensava muito se sim, nem se não. Aconteceria se se proporcionasse, o que acabou por acontecer. E desde que iniciamos este percurso, o nosso desejo – como o de qualquer noiva/noivo – era de que fosse um dia de muito Amor e com poucos percalços. Eheheh
3. Quando se instalou a pandemia COVID-19, como estava a organização do teu casamento? Quanto tempo faltava?
Os preparativos estavam significativamente avançados, mas mais a nível de protótipos, i.e, não tínhamos quase nada finalizado. Embora, claro, que a nível de fornecedores estavam todos contratados. Éramos (e fomos) noivos de Agosto 2020. Portanto, faltavam cerca de 5 meses.
4. Qual foi a maior dificuldade que sentiste ao tentar reorganizar o teu casamento? Os fornecedores ajudaram? Encontraste informação suficiente nas fontes habituais?
Bem, quando decidimos adiar (cerca de 1 mês e meio antes do dia), decidimos de alguma forma “mantê-lo”. Pode parecer um pouco contraditório, mas recusamo-nos a adiar mais um ano a nossa vida: não só o casamento como também o célebre "juntar os trapinhos" depois do dia C. Por isso, a solução foi manter o casamento civil e adiar o casamento religioso e a festa. Apesar de stressante, correu maioritariamente tudo bem a nível de alteração das datas e foi relativamente fácil reorganizar tudo.
Tivemos de contactar a Paróquia e informar esta alteração, bem como solicitar na Conservatória que alterassem o requerimento que havíamos feito relativamente ao "tipo" de Casamento (para Civil ao invés do pedido inicial de Casamento Religioso). A conservadora foi bastante atenciosa e compreendeu perfeitamente toda a situação, tendo gerido o processo de forma totalmente profissional. No dia em que casamos (13 de Agosto), ela própria solicitou a alteração do pedido inicial, fizemos um novo requerimento e casou-nos de seguida. Permitiu-nos retirar as máscaras (obrigatório em espaços fechados nessa altura) no momento da troca dos votos e incentivou ao tradicional beijinho, deixando os familiares que estavam no exterior entrar e acompanhar o momento final da cerimónia.
5. Quais as adaptações que tiveste que fazer?
Com o adiamento, a primeira medida foi mesmo alterar a data de casamento e tentar encontrar uma "lógica" sentimental para que essa alteração nos confortasse de alguma forma. Ora na Quinta onde vamos realizar o Copo de Àgua apenas tinha disponível o 13 de Agosto de 2021. Então, a nossa solução foi marcar o Casamento Civil deste ano precisamente para esse dia, motivando-nos em 2021 a fazer uma renovação de votos e fazendo-nos assim "esquecer" que outrora o nosso dia seria o 16. Assim, optamos por um microcasamento só com os familiares mais diretos (éramos cerca de 30 pessoas no total) em que fomos de manhã casar ao civil (com direito a preparativos de cabeleireira e maquilhagem, bouquet, etc.) e fizemos um almoço num espaço de eventos reservado para nós com as devidas normas de higiene.
6. Como te sentiste nos dias antes do teu casamento e como foi o teu dia?
Sinceramente, desde que decidimos adiar, ficamos até mais tranquilos em relação a tudo e com a certeza de que estaríamos a fazer o mais correto: proteger a nossa saúde e a dos nossos familiares. Portanto, estávamos mega entusiasmados com o microcasamento que acabou por acontecer este ano e aproveitamos o dia 13 de tal forma que acabamos quase por esquecer que 16 era suposto ser o dia!
7. Ao fim e ao cabo, casaste-te numa época com baixo número de casos.
Voltarias a casar nos mesmos moldes ou arrependes-te de ter adiado a festa?
Aqui acaba por ser um sentimento agridoce, onde por um lado existe um certo arrependimento de ter adiado (se outros casais não desistiram porque desistimos nós?), mas por outro lado uma certa esperança de que em Agosto 2021 esteja tudo mais estável e que possamos ter o dia que sempre sonhamos com menos restrições. Portanto, acabámos por valorizar ainda mais este noivado-casamento – porque embora sejamos casados, continuamos noivos e vamos ter oportunidade de casar duas vezes, de ir de lua-de-mel duas vezes, algo nunca antes visto desta forma.
8. O que dirias à Telma do passado, aflita com a organização do seu casamento?
Confesso que nunca fui muito aflita com toda a organização. Até fui apelidada carinhosamente de BrideZen aqui na comunidade por isso mesmo. Mas diria que tudo acontece por um motivo. Portanto, só o simples facto de continuarmos a viver dia-a-dia com a nossa cara-metade já é uma recompensa de ultrapassarmos este obstáculo. Do fundo do coração, sou da opinião que os casais que (infelizmente ou felizmente) passaram por isto acabam por se tornar ainda mais cúmplices.
Como vêem, uma decisão tomada em casal permitiu à nossa Telma aproveitar o Processo Civil já iniciado e prolongar o seu noivado. Tal permitiu que efetivamente se casassem em 2020, juntassem os trapinhos e celebrassem quando os números forem mais favoráveis. Agradecemos a tua inspiração, Telma! Desejamo-vos as maiores felicidades e em 13 de Agosto 2021 estaremos aqui para celebrar contigo a tua tão desejada festa!
E vocês, princesas? Fariam algo do género?
Bjs e bons preparativos
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Podem ver outros tipos de Casamentos em época de COVID-19 aqui:
● Joanna: casamentos tradicionais ao ar livre e em espaços amplos
