Olá comunidade mais linda!!
Estou casada! E estou de regresso! Preparados para uma enxurrada de posts onde vou contar tudo (ou quase tudo) sobre o meu primeiro dia C?
E sim, leram bem, vou começar pelo mau. Todos os outros vão ser bons.
Para contexto, casei pelo civil no
passado dia 23 de Julho no Funchal com 9 convidados (aqui já tem um
imprevisto) e a festa está marcada para a
restante família e amigos com cerimónia religiosa no nosso primeiro aniversário
de casados.
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Desistência de última hora
Por causa da pandemia em janeiro decidimos dividir o nosso casamento em duas cerimónias em duas datas diferentes com um ano de diferença, por isso este ano tivemos um micro casamento com um total de 12 pessoas (2 noivos + 10 convidados), no entanto a dois dias do casamento, o meu padrinho (e primo) telefona-me a dizer que a companheira não irá ao nosso casamento por razões profissionais, que obviamente não irei aprofundar aqui. Fiquei desiludida e o noivo ficou chateado, mas prosseguimos com a organização do nosso dia. Felizmente no restaurante não foi cobrado esse lugar. No entanto depois da nossa cerimónia tive a explicação desta ausência que me encheu o coração 😍 digamos que este natal a família vai ter um presente muito especial!(Ssshhh é segredo, ninguém sabe!)
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Família do noivo ausente??
Foi o pior! Quase nos estragou o casamento e pela primeira vez, na véspera à noite fez-me pensar em adiar tudo! Passo a explicar, viver numa ilha é muito lindo, mas o problema dos transportes aéreos acentua-se principalmente na Madeira, pois o nosso aeroporto fica na zona mais ventosa da ilha (e único sítio onde cabia um aeroporto) o que por vezes torna impossível aterrar ou descolar aviões. E tivemos o maior azar quando na quinta-feira à tarde o voo onde os meus sogros e cunhado vinham, voltou para Lisboa (o meu marido e família são da região centro) porque os ventos impossibilitavam a aterragem. Pior, a previsão era sempre para piorar até esse sábado (nós tínhamos o registo civil marcado para sexta-feira às 10h30 e o meu cunhado era o padrinho do noivo)! Como disse ponderei adiar, ir ao registo para não perder o dinheiro, mas adiar o jantar. Era impensável para mim o noivo não ter os pais e irmão presentes. Mas o meu marido não considerou essa hipótese. Regressados a Lisboa foram remarcados para o primeiro voo da manhã, mas até aterrarem às 09h20 de sexta-feira, escusado será de dizer que foi uma noite muito mal dormida! Enfim, mas se estão a perguntar-se o que se passou, sim, chegaram a tempo! Mas noutro post conto as peripécias do meu cunhado para chegar a tempo ao registo civil!
⁃ Não é a noiva que se atrasa, mas sim as pessoas à volta!
Depois de ultrapassado o atraso da família do noivo (que ninguém teve culpa) este é o momento que me causa dor/revolta/tristeza quando penso no meu dia. Sim. Sobre este momento digo que odiei ser noiva! 😢 Portanto, como qualquer noiv@ tinha uma cronologia do dia para seguir para tudo correr bem e eu tinha dito à minha cabeleireira, que foi a casa para me pentear e maquiar e também à minha mãe e sogra, que eu tinha que estar pronta às 16h30, para poder ter 90 minutos de sessão fotográfica. Acontece que a cabeleireira atrasou-se meia hora e tudo descambou! Só fiquei pronta perto das 18h! Mas pior que isso foi o stress e pressão que isso causou no fotógrafo e em mim. Lamento mas vou ter que desabafar aqui, é para isto que serve esta comunidade e não quero que vejam isto como uma crítica aos fornecedores. Houve um mal estar entre o fotógrafo e a cabeleireira, e ele ficou tenso, mesmo depois de ela pedir desculpa. A partir daí foi um pesadelo. A minha sessão foi a correr, senti-me uma boneca (no mau sentido da palavra) e não noiva. Eu não tinha culpa do atraso e só ouvia que tinha que ser tudo a despachar. No meu ver, acho que deviam acalmar a situação e tentar fazer o melhor do tempo que tínhamos e não apressar verbalmente, como se fosse um dia qualquer. Era o meu casamento e senti-me uma marioneta. Odiei! A palavra é essa. Odiei a preparação de noiva, pois foi a situação mais stressante que já passei! Para terem a noção não tive tempo de ir à casa de banho, beber água... Nada! Depois para me enervar mais, só ouvia as vozes do meu cunhado e sogro e estávamos a chegar à altura de fazer o first look e eu queria estar sozinha com o noivo. Isso é que é um first look, não é ter audiência. Tornei-me uma bridezilla e expulsei as pessoas de casa (já tinham sido tiradas as fotos de família)! Foi horrível! Sou sincera, odiei! Tive vontade de chorar e de ter um ataque, porque a pressão e tensão de ser perfeita para fotos quando sentia aborrecimento no fornecedor foi horrível! Até ter as fotos, não fiquei descansada. Porque tive a noção que o noivo teve todo o tempo do mundo e descontraído para tirar fotos. Sem exagerar, ele teve o dobro das fotos. E eu sentia-me aflita. Pois não usufrui nada! Eu só queria um momento com a minha mãe. Íntimo. Sem câmaras. Como noiva. Se nem tive tempo de fazer xixi, imaginem. E depois o vestido...! Aqui foi erro meu. Eu não o vesti em casa com a minha mãe para ver como era! E atrasámo-nos mais! Porque os botões eram complicadíssimos de fechar! A cabeleireira ajudou. E aqui vê-se a diferença, pois ela é que causou o atraso mas nunca descarregou em mim, ao contrário do fotógrafo. O meu marido não concorda, mas era eu que estava naquele quarto. Enfim, agora já tenho as fotos não editadas e reconheço que tenho a mesma qualidade de foto mesmo não tendo a mesma quantidade que o noivo. E como muitos já disseram, ao menos tenho uma segunda data para não repetir erros. Mas não há dias iguais. Não há momentos iguais. E mesmo que eu use o mesmo vestido no próximo ano, só há uma primeira vez para vestir o nosso vestido de noiva. E eu odiei os primeiros momentos. Ainda não abordei o assunto com o fotógrafo, pois a pressa dele em cumprir horários para mim era desnecessária pois a nossa cerimónia simbólica foi feita com a madrinha e tínhamos só pais e padrinhos à espera num restaurante que fecharia às 00h, não fazia mal abrandar um pouco e não começar às 19h como estava marcado, no meu ver. Pois a celebrante era convidada, não estava a cumprir horário nem a ser paga. Aqui atrasar a chegada dos noivos não faria mal. Já no próximo ano não digo mesmo, pois terei um padre à espera. E se fosse necessário pagar um extra ao fotógrafo e videografo, pois estavam ali por X horas, eu preferia pagar mais do que andar a correr. Enfim, não sei se vale a pena abordar o assunto, pois como disse, o panorama do próximo ano é diferente. E no que toca à cabeleireira ela já assumiu o erro, mais que uma vez (e fez desconto considerável) e no próximo ano eu serei a primeira a ser preparada (este ano fui a última porque segui a lógica da cronologia do fotógrafo, que dizia que as mães tinham que estar prontas antes de mim) e já decidi que conforme a hora que terei que estar pronta, direi que tenho que estar pronta 1h30/2h antes do estipulado, não arrisco outra vez. Uma outra coisa, sinto que não tenho fotos que mostrem ao detalhe o meu vestido de noiva, mas vou aguardar a edição das fotos (e sim, o que vale é que vou ter uma segunda cerimónia e quero o meu belo vestido bem documentado).
⁃ Convidados (padrinho) atrasados
Para mim isto não foi uma coisa que correu mal, mas foi uma continuação da irritação do fotógrafo, pois estávamos nós, noivos, à entrada do forte onde foi a nossa cerimónia e jantar, quando nos disseram que não podíamos entrar pois faltava um dos padrinhos (o meu primo). Nós achámos imensa piada (pois conhecemos a pessoa e o tipo de trabalho que ele tem, pois casámos numa sexta-feira e ele não conseguiu pedir o dia), mas o nosso fornecedor não. Não deixamos que nos afectasse, mas achei uma reacção desnecessária, pois como disse antes, quem estava à espera, esperava mais um pouco e o pessoal do restaurante estavam super descontraído, o que ajudou, eles não tinham pressa que nós nos despachássemos e isso ajudou na nossa postura. Mesmo depois de tudo fui apelidada de noiva super tranquila! Sim, nesse momento, de mão dada com o agora marido os nervos passaram todos e a irritação também. Mas mesmo assim, este ligeiro atraso do padrinho foi notado de maneira irritável (não por nós). Se calhar estou a ser injusta, mas é a minha perspectiva. Mas tenho a ressalvar que mantenho este fornecedor e que o resultado final foi da qualidade esperada (ainda estou à espera das fotos editadas, por isso agora é só a melhorar!).
Curiosidades curiosas 😅:
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Ter duas opções de brincos e não usar nenhuns!
Isto foi no contexto da preparação da noiva, que descrevi acima como horrível, e não usar brincos foi uma consequência menor. Pois com os nervos (mãos a transpirar) e pressão, não consegui colocar os meus brincos (tenho foto a fingir que coloco, mas não usei). Pois não tive tempo, e a minha mãe com falta de vista não conseguiu ajudar (para além de estar nervosa também). Disse para ela levar na mala e depois no jantar alguém colocava... Acham que alguém se lembrou? Não. Achei piada a isso na altura, mas fiquei meia aborrecida depois ao pensar no detalhe estupido de casar sem brincos (o único acessório para além do anel de noivado). Mas mais uma vez as fotos mostraram que não faltava nada.
⁃ Cerimónia sem música
É uma consequência de sermos nós (eu) a organizar tudo sem nunca ter feito nada do género. Eu tinha pedido para colocarem uma coluna com entrada USB para termos música ambiente no jantar (criei uma lista de 100 músicas para tocar aleatoriamente), mas nunca pensei na música para “entrada” dos noivos, pois não tinha ninguém para carregar “play” na música certa (já eramos tão poucos e pedir a um convidado para fazer isso parecia-me desnecessário; e depois em média as músicas têm a duração de 3 minutos, pela quantidade reduzida que erámos também achei demasiado, estarmos ali a ouvir música!). No entanto antes de entrarmos a querida Tatiana da parte de eventos do “O Forte” perguntou onde estava a nossa música de entrada pois ela ficaria responsável! Como dizem, quem não sabe é como quem não vê! E mais tarde irei falar do local e staff, porque foram melhores que qualquer wedding planner sem eu pedir nada! Mas já era tarde, confessei que não sabia como fazer essa parte!
⁃ Alianças trocadas, literalmente!
Isto sim teve piada, e é daqueles detalhes que fazem os casamentos reais. Na hora de colocarmos as alianças, as mesmas ficaram trocadas. Eu tinha a do marido no dedo e ele a minha. Isto porque no nosso porta alianças cada uma estava atada a um nome, mas a minha mãe trocou, colocou a minha aliança atada ao nome do noivo e vice versa, por isso na hora de colocarmos as alianças foi feito ao contrário sem sabermos. Literalmente quando acabou a cerimónia simbólica virei-me para o marido e perguntei se a aliança dele não estava apertada e voltámos a trocar as alianças.
⁃ Casamento sem assinaturas
Este dado curioso aconteceu duas vezes, ou quase. No registo civil (que irei fazer um post inteiramente dedicado a isso) ninguém assinou nada, nem noivos, nem testemunhas e ficou a piada que o casamento não era válido pois ninguém assinou nada. E na cerimónia simbólica quase nos íamos esquecendo de assinar o certificado de casamento (fictício) que eu criei onde todos assinariam, noivos, pais e padrinhos para depois emoldurar.
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Voos atrasados, outra vez!
Isto já não afectou o nosso casamento, pois refere-se ao voo de regresso dos meus sogros e cunhado. Mas foi mais uma ironia do destino. Eles tinham voo de regresso marcado para sábado à tarde, para depois terem o domingo para descansar e reorganizar a vida antes de mais uma semana de trabalho, mas quase ficaram retidos na ilha pois o voo sofreu um atraso de mais de 3h! E tendo em conta que são da região de Coimbra, era 4h da manhã quando recebemos o telefonema que finalmente tinham chegado a casa sãos e salvos.
E é isto...! Imprevistos acontecem,
ainda para mais com o covid (que não foi
convidado e não teve a lata de aparecer! Tudo negativo!) e temos que
ter nervos de aço e aceitar que por vezes não controlamos tudo e temos que
fazer o melhor do pior. Mas não fiquem com a ideia errada do meu casamento! Foi lindo e maravilhoso! E aconteceram muito mais coisas boas! Vou
contar tudo em breve...! Estejam
atent@s!
Beijinhos