Olá noiv@s!
Eu já estava casada, mas casar pela igreja católica era muito importante para mim, por isso a escolha de padre e tipo de cerimónia era crucial. Como quase todos os noivos, tínhamos “medo” de missas “secantes” e padres “antiquados”. Logo de início queríamos um padre (“famoso” na ilha, por ser moderno/novo e acessível) em especifico. Ainda em agosto de 2021 quando fomos falar com ele, levámos a primeira nega, não porque não tivesse a data livre, mas por ser tão requisitado não fazia casamentos/batizados fora da paróquia dele, e nós tínhamos casamento marcado para uma capela privada (por sinal não muito longe da paróquia dele), mas era a regra. Não ia abdicar da minha capela e do conforto de ter tudo no mesmo espaço e seguimos a sugestão dele de falar com um padre que costuma celebrar casamentos nessa propriedade. Viria a ser o nosso padre!
Mas até criarmos a empatia e o entusiasmo pelo Pe. Pedro Nóbrega, um ano se passou. Até à semana do casamento só conseguimos falar com ele por mensagem e demorava imenso tempo a responder! Ficava sempre na dúvida do que ia acontecer, o que tinha ainda que organizar (noiva obcecada com detalhes é assim!); mas todos do meio com quem me cruzava e dizia quem era o padre, diziam sem pensar “Ele é um porreiro! Não podiam estar em melhores mãos!”. Então quando lá conseguimos nos encontrar na 5ª feira antes do casamento (ele até achava cedo, só falava com os noivos na 6ª feira antes), tudo se encaixou! Adorámos o padre, da nossa geração, super descontraído que nos fez confiar que o casamento seria leve mas com significado. Saímos de lá com a certeza que nos iria batizar os filhos que ainda não temos!
Chegado o dia, houve risos, piadas e também juras de amor, numa capela que dias antes estava em obras, mas que com a presença dos convidados, o trabalho da florista, o talento dos músicos e a perspicácia do padre, fez com que fosse a cerimónia mais especial que podíamos pedir. Não houve votos, simplesmente a bênção das alianças nas nossas mãos (fizemos questão de entrar “casados”, pois usamos alianças desde o casamento civil, e o padre não se opôs), não houve entrega do ramo à Nossa Senhora, simplesmente fiz a promessa de ir a Fátima no espaço de um ano para agradecer enquanto ouvíamos o “Ave Maria” e à entrada ambos os noivos entraram com os respetivos pais. Feito à nossa medida, sem “obedecer” a tradições que não nos dizem nada. Não tivemos missa, tivemos 3 leituras, 2 cânticos e o “sermão” do padre, que falou diretamente connosco, sem guião e com graçolas e risos à mistura.
No fim ainda queríamos a presença do padre na festa, todos o adoraram, mas já tinha compromissos. E soube que ele conhecia demasiado bem o meu padrinho/primo e receei que planeassem algo do género “Falem agora ou calem-se para sempre”… mas safei-me!
À saída não houve arroz (inventámos a mentira que não era permitido na propriedade, talvez até fosse o caso), mas sim ervas aromáticas.
Acho que dá para ver perfeitamente nas fotos de como ficámos descontraídos e felizes após uma celebração destas!
Fornecedores:
- Capela de São João Baptista: Palheiro Nature Estate
- Padre Pedro Nóbrega
Beijinhos